SPIRAL é uma abordagem de progresso social co-construida pelos territórios de coresponsibilidade, hoje agrupados na Rede Internacional TOGETHER, sob o impulso inicial do Conselho da Europa.Encontrar mais sobre Spiral
- A resposta à crise que vivemos agora passa pela construção do progresso social, até hoje abandonado, a noção de progresso limita-se essencialmente às ciências e tecnologias e ao aumento continuo da produtividade do trabalho e a produção de riquezas materiais que decorrem desde 2 séculos. Saber mais.
- Repensar o progresso na sociedade e não só nas ciências e tecnologias implica uma revisão radical dos nossos modos de investigação e de construção do conhecimento.A construção do progresso social diz respeito a todos. Passa assim pela co-construção intersubjetiva radicalmente diferente da investigação que prevalece na abordagem cientifica, mas com regras e critérios do mesmo nível de verificação e de validação. Saber mais.
- Estas regras da co-construção intersubjetiva do progresso social convergem com as de uma verdadeira democracia direta e inclusiva, ou democracia colaborativa, complemento indispensável da democracia representativa. Não são restrições impostas mas elas liberam o pensamento e a expressão de todos e decorrem na expressão da inteligência coletiva à escala da sociedade.
- A co-construção intersubjetiva do progresso social não pode fazer-se sem um objetivo universalmente partilhado. O objetivo o mais justo e o mais suscetível de assegurar a adesão de todos é o bem-estar de todos, gerações futuras incluídas e do planeta em geral. Partilhar este objetivo significa que sentimo-nos todos coresponsáveis. A coresponsabilidade para o bem-estar de todos hoje e no futuro é a expressão a mais clara deste objetivo.
- Dois tipos de argumentos legitimam a escolha da coresponsabilidade para o bem-estar de todos como linha diretriz do progresso social: por um lado a grande eficiência graças à abertura dos recursos, dos conhecimentos, das responsabilidades que permite, numa atmosfera de colaboração e confiança que visa evitar custos importantes de controlo e segurança; por outro lado a sua relevância porque é diretamente gerador de bem-estar à todos os níveis, saber mais...
- A sistematização destes argumentos e a comunicação cerca deles é um processo indispensável para reforçar a credibilidade e a adesão do maior número de cidadãos com este objetivo (ver o Projeto Político e de Investigação de TOGETHER) e impedir as formas de isolamento de si mesmo e de defesa dos privilégios reais ou supostos que constituem obstáculos ao progresso social.
- Co-construir a coresponsabilidade para o bem-estar de todos hoje e no futuro é um processo de aprendizagem coletivo à escala da sociedade. Um tal processo deve dispor de um âmbito concetual e metodológico comum e de uma organização que permite desenvolver este processo. A abordagem SPIRAL visa co-construir este âmbito e a rede TOGETHER e criar dinamizadores SPIRAL que gerarem condições do seu desenvolvimento. Saber mais…
- Duas dimensões da abordagem são complementares: uma dimensão territorial para co-construir a coresponsabilidade à partir do nível local. E uma abordagem global para precisar e promover os quadros legais e políticos públicos que devem ser aplicados aos níveis nacional, europeu e mundial. O projeto CO-ACTE introduz esta segunda dimensão na abordagem SPIRAL. Saber mais...
- Nascidos no Conselho da Europa no âmbito da sua estratégia e do seu plano de ação para a coesão social, a abordagem SPIRAL e a rede TOGETHER funcionam agora de maneira autonoma. Parcerias foram desenvolvidos com todas as organizações que se inscrevem nos mesmos objetivos e contribuam dar respostas complementarias entre si num processo global partilhado. Saber mais...
- Em síntese, a construção do progresso social para a coresponsabilidade para o bem-estar de todos implica um processo de investigação-ação à escala da sociedade à vários níveis, todos indispensáveis:
- Uma investigação sobre os princípios da co-construção intersubjetiva como modo de produção de conhecimentos com um nível de legitimidade comparável com o da investigação cientifica. Uma tal investigação exige voltar às fundações e ao sentido do conhecimento e da sua produção.
- Uma investigação sistematizando os argumentos que legitimam a escolha do bem-estar de todos e da coresponsabilidade como objetivo do progresso social. É o projeto político e de investigação da rede TOGETHER.
- Uma investigação-ação para evoluir nos métodos e saber-fazer da construção da coresponsabilidade para o bem-estar de todos. Isto é o papel da comunidade dos dinamizadores SPIRAL, ao nível nacional de cada país e ao nível internacional.
- A co-construção intersubjetiva de um projeto político de transformação dos quadros legais e das políticas públicas para permitir à sociedade evoluir para a coresponsabilidade e o bem-estar de todos hoje e no futuro. Isto é o projeto CO-ACTE.
- A condução de cada um destes 4 níveis precisa de um processo de “espiral” porque este processo está conduzido no primeiro lugar por um pequeno grupo de pessoas e alarga-se pouco a pouco para co-construir progressivamente o viver juntos com o conjunto dos assuntos à escala de cada território e às escalas nacional, continental e mundial.
- Para concluir, estes processos implicam uma sêxtupla mudança de paradigma: na conceção do progresso, do conhecimento, da democracia, da sociedade, da economia e do papel dos poderes públicos.
A humanidade encontra-se num momento crítico da sua história. Através das suas actividades, que se tornaram excessivas, está a expor o planeta a riscos extremamente graves (aquecimento global, poluição do solo, da água e da atmosfera, destruição dos ecossistemas naturais e da biodiversidade, acidificação dos oceanos, invasão de plásticos no fundo do mar, etc.). Mais do que tudo, é incapaz de provocar as mudanças necessárias para pôr fim a estas tendências catastróficas. As conclusões da COP 26 confirmam mais uma vez que os compromissos assumidos ficam muito aquém do que é necessário. Trata-se mais de "lavagem verde" do que de uma verdadeira vontade de mudar. Além disso, a paz entre nações está cada vez mais ameaçada pelo surgimento de novas áreas de tensão e guerra.
No entanto, existem soluções para acabar com toda a destruição, proteger o património natural, e fazer as reparações necessárias sempre que possível, garantindo ao mesmo tempo paz e bem-estar para todas as mulheres e homens e para a vida em geral. Requerem uma mudança radical no modo de vida, cooperação e organização económica e social, e exigem uma mobilização geral, não só dos Estados e das autoridades públicas, mas de todos os actores públicos, privados e cidadãos, cada um ao seu próprio nível de responsabilidade.
Por outras palavras, exige uma co-responsabilidade de todos os seres humanos, individuais ou colectivos, em relação a um projecto global unanimemente partilhado, um projecto em que cada tipo de actor assume as suas próprias responsabilidades para assegurar, em conjunto e em consulta, o bem-estar de todos, incluindo as gerações futuras, e o do planeta e a boa vida em conjunto. Este é o objectivo do Manifesto e do Apelo à Co-responsabilidade. Clique aqui para aceder à versão mais recente.
Posteriormente, o Manifesto e Apelo foi o tema de um seminário sobre o tema "TORNAR UM CONTRATO SOCIAL DE CO-REPONSIBILIDADE PARA O BEM-ESTAR DE TODOS", realizado por ocasião do 2º Fórum Internacional sobre Viver Bem em Grenoble. nos dias 29 e 30 de Junho e 1 de Julho 2022. Ver as actas e conclusões do seminário, bem como o comunicado de imprensa a ser amplamente distribuído após o seminário e a proposta de operacionalizar a redução das emissões de CO2 através da co-responsabilidade.. Também foi debatido no II CONGRESSO INTERNACIONAL DE AÇÃO HUMANITÁRIA E COOPERAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO do 6 a 9 de junho 2002 onde a coresponsabilidade foi também um dos temas debatido. Ver o programa. O Manifesto e o Apelo deu também origem ao Projecto de Solidariedade Universal.
O projeto “Juntos aprendamos a fazer as escolhas certas” foi lançado no 4° Encontro Internacional de Territórios de Co-responsabilidade em novembro 2020. Pode participar ao projeto como cidadão (individuo ou familia, ou pessoas que moram em um mesmo lugar, um grupo de amigos), ator coletivo (empresa, escola, associação, etc.) ou entidade territorial (municípios, plataforma local, etc) seguindo esse guia, ou enviando um e-mail para contact(at)wikispiral.org
Desde o o 4° Encontro Internacional de Territórios de Co-responsabilidade em novembro 2020, um encontro da Rede realiza-se no fim de cada trimestre para acompanhar o projeto.
Para ver o relatorio cliquar aqui
Este segundo encontro trimestral incluiu 1) uma nova avaliação do projecto de manhã; e 2) à tarde, uma sessão de intercâmbio sobre o tema "Reduzir as emissões de GEE dos Serviços Públicos, aumentando simultaneamente a sua qualidade", organizada em parceria com a Universidade Fernando Pessoa do Porto. Foi a oportunidade para relançar o Conselho de Alianças entre ONG (actores no terreno, redes), investigadores e decisores políticos públicos.
Para ver o relatorio cliquar aqui
Esta terceiro Encontro Trimestal é dedicada à identificação das responsabilidades dos diferentes tipos de actores numa dinâmica partilhada de co-responsabilidade para assegurar o bem-estar de todos e a preservação das condições de vida na terra, em particular a redução dos gases com efeito de estufa.
A quarta reunião trimestral teve lugar em duas partes: 1) uma nova avaliação do projecto de manhã: que melhorias devem ser introduzidas nos instrumentos de intercâmbio propostos; e 2) à tarde, uma reunião do Conselho das Alianças sobre o seguimento do manifesto elaborado ao longo dos últimos meses.
Tal como a quarta reunião trimestral, esta quinta reunião trimestral realizou-se em duas partes: 1) uma nova avaliação do projecto pela manhã: que melhorias deverão ser introduzidas nos instrumentos de intercâmbio propostos; e 2) à tarde, uma reunião do Conselho das Alianças, desta vez com a finalização do Manifesto antes de o submeter ao Secretário-Geral das Nações Unidas por ocasião do Dia Mundial da Felicidade, 10 anos após o seu lançamento.
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